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sábado, 5 de novembro de 2011

Como vai você?


Como vai você?



Algo tão comum de se perguntar, e de se responder. Mas de fato, você pára pra pensar como vai você? Como vai sua vida?
Parece que muitas vezes a gente vai levando, fazendo o que precisa ser feito, cuidando dos compromissos, sofrendo por aquilo que acreditamos estar nos perturbando. Enfim, é assim que vai a nossa vida. Vamos nos envolvendo nos nossos desafios, brigando por nosso lugar ao sol, defendendo nossas causas, crescendo, às vezes caindo, levando foras, deixando as pessoas de lado, encontrando novos interesses. Porque a vida é cheia de mudanças, querendo ou não enfrentá-las. Até aí, tudo bem, porque é assim mesmo, porém, quando somos surpreendidos com uma doença, com um fim inesperado, com a morte de alguém, de repente, tudo muda.

Se você passou por algo assim, sabe exatamente ao que me refiro. Essa tomada de consciência de que o tempo está passando para todos nós, e que temos que realmente olhar para a nossa existência e fazer escolhas é fundamental.

Nessas horas especiais, às vezes cheias de dor, somos surpreendidos com o rumo inesperado das coisas e parece que desperta dentro de nós o desejo de viver plenamente, de estar atento ao que escolhemos para nossa vida. E é incrível como conseguimos vencer certos limites, mudar o rumo. Parece que vem de dentro uma força desconhecida e é preciso aproveitar esse movimento para realmente evoluirmos.

Aprendi que para assumir a nossa missão de vida, precisamos primeiro nos libertar do karma pessoal que está na família, no círculo mais íntimo, envolvendo as pessoas do nosso convívio, como colegas de trabalho, chefes, funcionários. Pois é nesse ambiente que estamos presos, envolvidos em sentimentos ruins, desafios com as personalidades dos que estão à nossa volta. E isto que num primeiro momento parece muito simples, na realidade, é muito difícil. Porque, neste caso, a libertação não significa separação, ou uma parada brusca de sofrimento, já que muitas vezes por mais esforços que façamos, a dor não cessa.

Por que sofremos tanto com a convivência? Com as relações incompreendidas? Com a falta de retorno amoroso para aquilo que nos dedicamos?

Parece fácil falar de libertação, de abrir mão das expectativas, de fazer por amor sem esperar retorno, mas na prática esperamos muito dos outros, principalmente das pessoas queridas, daquelas que colocamos foco. E muitas vezes nos esquecemos de que somos seres inteiros, de que precisamos dos outros para compartilhar experiências, amor, aprendizado, mas que não precisamos ficar o tempo todo presos àquilo que a vida nos oferece no convívio. Podemos, sim, aprender a aceitar a solidão, ou no mínimo nos dar a chance de sentir a força que vem do nosso coração, sem ficar o tempo todo buscando das pessoas e do ambiente externo as respostas para nossas inseguranças.

A meditação nesse movimento de auto-resgate é fundamental. Porque quando você silencia a mente e tenta se ouvir, procura se calar, surgem muitos sentimentos. Às vezes, no começo desse mergulho interior para descobrir de fato quem é você, o que você encontrará serão muitas dores, decepções, lembranças de coisas que você gostaria que tivessem dado certo, mas que não deram. O mergulho da meditação, da auto-análise, costuma ser triste antes de abrir a luz do conforto, do carinho, do amor que também está dentro de você.

Quando alguém perguntar a você como você vai, e você, educadamente, responder tudo bem... pense se realmente está se guiando para aquilo que você deseja realizar. E se a reposta não for assim tão boa, encontre forças para cuidar de você mesmo e mudar o que for preciso.

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