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sábado, 29 de outubro de 2011

Que tempo é esse?


Que tempo é esse? 




Muitos se perguntam que tempo é esse que estamos vivendo... de final de ciclo, de grandes mudanças, de quebra de estruturas... de revelações... enfim... esse é um tempo de tudo isso, mas... olhando para tudo que estão nos dizendo, o que fica para mim mais claro é que esse é o tempo de realizarmos nosso Propósito Divino... de manifestarmos nossos Dons para melhor servir, com alegria e coragem... de descobrir o que viemos fazer aqui e agora

E para que isso aconteça, só precisamos expressar a nossa simplicidade, a nossa alegria e entusiasmo... porque para estarmos nos nossos Dons, é só a gente ter coragem de ser quem a gente é, nem mais... nem menos...e então tudo se manifesta com leveza...

Mas já notaram como o mais simples se tornou tão complicado...
Parece que onde está nosso maior poder estão nossos maiores medos... Parece que os medos escondem aquilo que a gente mais quer... Mas acho que o medo tem mais medo que a gente mesmo e usa todos os recurso para não percebermos como ele é frágil...

Recentemente passei por uma experiência onde um medo ficou tão real que chegou e me dar um aperto no peito e na garganta...

Então fiz Peça e Receba para liberar a causa desse medo... e durante o processo notei que o aperto ia se suavizando... até que senti estava liberado e veio a imagem de várias pessoas dentro de mim falando que estavam livres...
Fico feliz... até que vejo algo se movimentando saindo de uma parte mais escura... era uma menininha tão frágil que aparentava tanto medo, que me deu muita pena dela e uma vontade de proteger tão grande que imediatamente me vi pegando aquele serzinho no colo... Quando fiz isso... aquela menininha indefesa, se transformou em algo enorme e escuro e ameaçador que me fez pular para traz e, tentando me proteger daquilo imaginei uma luz entre nós...

Quando vejo uma figura de um homem de luz, como se fosse um pai, me falando que eu deveria acolher o meu medo, sem medo... que não adiantava eu tentar negar ou fugir dele porque ele só aumentava... Eu disse que fiz isso quando vi a menininha, mas Ele me falou que, quando eu a vi em sua verdadeira forma eu tive medo e quis fugir... que eu deveria aceitar o medo como ele se apresentasse, sem julgar se era bom ou ruim, bonito ou feio... Tomei coragem e peguei o medo que agora era de novo a menininha indefesa... Assim que o fiz ela logo se transformou naquela coisa feia, monstruosa e escura.... Eu permaneci quieta e acolhi o medo como ele se apresentou... Com isso aquela coisa foi se transformando, tomando uma forma mais suave e clareou até ficar uma massa branca, disforme... em nada ameaçadora.

Resolvi falar que ele poderia agora tomar a forma que quisesse... Confesso que levei um susto e fiquei completamente desconcertada, quando o meu medo se transformou em uma melancia. Passado o susto vi que a melancia estava apoiada na terra, e nesse momento senti um enorme conforto, como se me sentisse também apoiada na Terra... E fiquei muito bem depois disso, com a certeza que nossos medos, só nos parecem tão assustadores porque não temos coragem de olhar para eles como eles são. Entendi que muitas vezes despistamos até da gente mesmo o tamanho e a forma dos nossos medos. As vezes é difícil olhar de frente o que está guardado no mundo das sombras a tanto tempo...
Percebi também que o medo é uma energia que está classificada como algo ruim e até pavoroso, mas, quando acolhemos e aceitamos, como ele se apresenta, a energia que está por traz do medo se torna disponível...
No meu caso ele se transformou em melancia, que eu adoro... que é algo refrescante e que alimenta... e pelo que li na net... devido à quantidade de sementes que contém é tida como símbolo da fecundidade, além de ser entendida como muito feminina... e pela quantidade de água que tem também imagino que é muito receptiva

E me veio uma coragem para mergulhar ainda mais profundo e buscar o que meus medos estão tentando esconder de mim... de ir com força e determinação nessa jornada de transmutar a raiz e a consequência de todo medo, para realizar, aqui e agora meu Propósito Divino... com muito Amor.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Não faça da sua vida um drama!


Não faça da sua vida um drama!



Tanto num nível individual quanto coletivo, a experiência humana sobre a face da Terra é repleta de sucessos e fracassos. Nesse sentido, somos a síntese de erros e acertos que geraram grandes fortunas, pobreza, decadência moral e física, ódio, gestos de amor, progresso material e espiritual.

Nesse ciclo reencarnatório em que experenciamos dramas pessoais, alegrias e compartilhamos tristeza e felicidade, resta-nos o denominador comum de nossas múltiplas vivências no corpo físico, que representa o que somos hoje.

Na busca do equilíbrio bio-psíquico-espiritual, nos desarmonizamos inúmeras vezes, deixando-nos levar pelo fascínio provocado pelas ilusões. Foram muitas quedas, mas também, muitos desafios superados em nome da razão e dos sonhos realizados.

Fomos do inferno das desilusões às fronteiras do paraíso chamado felicidade. Fomos perdedores e vencedores na luta por dias melhores e mais plenos de esperanças.

Entre perdas e ganhos, amamos e odiamos. No entanto, nessa longa caminhada como aprendizes, sentimos que deixamos de amar como devíamos, ou seja, de uma forma passional, expansiva, envolvente e fraterna.

Portanto, o indivíduo que hoje se sente deprimido, sem forças internas para reagir a um estado de coisas que o entristece e que faz de sua vida um drama sem fim, deve entender que a sua fixação psíquico-espiritual encontra sintonia em situações ou fatos dessa e de outras vidas que provocaram-lhe traumas a ponto de interferir em seu estado de espírito, alterando consideravelmente o seu humor.

O simples fato da pessoa não reagir a uma situação imposta pelo estado alterado de humor -como é o caso da depressão- indica fixação em experiências psiquicamente traumáticas que a envolveram em uma densa energia imperceptível ao olhar comum.

Quando o indivíduo não consegue superar a crise do "baixo", entre altos e baixos característicos da experiência humana, é porque ele encontra-se em desequilíbrio bio-psíquico-espiritual. Situação que requer acompanhamento especializado.

A tendência à depressão, quando não tratada ou superada pelo próprio indivíduo, pode levá-lo a uma situação crítica, tornando-o dependente de um estado de humor em que a vida é visualizada pelo olhar da queixa permanente, da melancolia e do sentimento de perda ou de culpa.

Ser dependente de situações pretéritas que repercutem no presente de uma forma corrosiva, é limitar-se a uma vida sem perspectivas de significativa mudança, desqualificando, dessa forma, o restante da experiência vital em que o indivíduo depressivo torna-se vítima de si mesmo, ou seja, das circunstâncias de sucessivas vivências que determinaram o que ele é, percebe e sente.

Nesse sentido, libertar-se de um estado de coisas que leva à dependência psíquico-espiritual, é o desafio para aquele que pretende renovar-se interiormente, entendendo a origem dos males que o tornaram um prisioneiro de seu passado.

Exercitar o discernimento e o conhecimento de si mesmo através de um melhor nível de lucidez sobre os mecanismos psíquico-espirituais que geram a depressão, é o que proporciona, a médio prazo, a psicoterapia de abordagem interdimensional.

A escolha é nossa: ou nos tornamos pessoas mais equilibradas que buscam o "caminho do meio" como forma de alcançar uma melhor qualidade de vida, ou continuamos, por tempo indeterminado, a alternar "altos e baixos" ou a nos fixarmos no "baixo" como foma de autopunição em decorrência de mágoas ou sentimentos de culpa que alimentamos inconscientemente.

Sacudir a poeira do pretérito e perceber o momento vital como meio de qualificar a síntese do que somos, é o instrumento que nos levará a realizações pessoais inimagináveis. Basta-nos para isso, cortar a sintonia com os sentimentos negativos que nos prendem ao passado e nos libertarmos para a fluência da vida saudável. 

De alma para alma...


De alma para alma... 


Na Clara Compreensão Serena

Às vezes, você acha que perdeu sua alma. Mas isso não é real.
Na verdade, você frequentemente se esquece de sua parte espiritual.
Esquece-se de escutar o seu próprio coração.
E isso acarreta um sério desencontro psíquico, de você com você mesmo.
E, como você mesmo diz, até parece que está faltando uma parte sua.
E qual é a solução para você consertar essa fenda psíquica?
Talvez a causa disso esteja simplesmente em aceitar a si mesmo.
E em reconhecer que há uma essência espiritual em seu próprio coração.
Uma parte sua que precisa de atenção e carinho.
Talvez você esteja com medo de reencontrar-se consigo mesmo.
Ou, talvez, o vazio interior pelo qual você se deixou levar, esteja aumentando.
Aliás, há quanto tempo você não faz uma prece?
E há muito que você não tira um tempo para mergulhar em si mesmo.
Ou seja, você mesmo vem solapando o seu próprio equilíbrio consciencial.
Ah, você precisa fundir sua mente com seu coração, numa só consciência.
E, como você sabe, meditação não é apenas sentar-se em determinada posição.
E nem se trata de fechar os olhos e ficar cochilando e divagando mentalmente.
Meditar é integrar-se consigo mesmo e, assim, ficar em paz e harmonia.
Significa integrar-se com a própria Vida, numa aceitação serena da existência.
E também é o despertar da clara compreensão para com todos os seres.
E não será isso que uma parte sua está lhe pedindo, intuitivamente?...
Que você dê atenção ao seu lado espiritual, e o reconheça claramente?
Você pediu uma mensagem que lhe explicasse a causa de seu desconforto.
Então, aqui está ela, nessas linhas, de alma para alma.
E se você vai refletir e considerar isso, quem sabe? Afinal, a decisão é sua.
E trata-se de sua própria consciência. E de sua vida...
E não há nenhuma mágica capaz de transformar alguém da noite para o dia.
Contudo, se você tiver boa vontade e paciência, talvez algo aconteça...
E você não estará sozinho nessa jornada de reencontro consigo mesmo.
Porque outras consciências, extrafísicas, bondosas e amigas, o inspirarão...
Mas só se você se abrir realmente... E orar e agradecer o dom da Vida.
E reconhecer, em você mesmo, o Poder Supremo que está em tudo.
Chame-o de Deus, Alá, Jeová, Mãe Divina ou Pai Celestial, tanto faz...
Pois Ele não liga para convencionalismos, e só vê o Amor no coração.
O que Ele quer é ver você integrado e feliz.
E, quem sabe, ao ler essas linhas, talvez você já esteja se abrindo...
Sim, de formas que você nem imagina, e que só Deus conhece.
Que a Luz mais clara e o Amor mais formoso o acompanhem em sua jornada.

SEGURANÇA ?


Segurança 



Vivemos o tempo todo ansiando por segurança material, financeira, afetiva, enfim, por experimentar uma sensação de conforto absoluto, onde nada nos ameace.

Afinal, fomos ensinados desde cedo a buscar isto e ter este objetivo como meta principal de nossa vida. Pois, aprendemos, que é na segurança absoluta que reside a felicidade.

Infelizmente, não nos informaram sobre algo essencial: a natureza da vida é insegurança. A impermanência, principal característica de nossa existência, faz com que todo e qualquer desejo por segurança absoluta seja apenas uma ilusão.

Mudar nossa visão e aprender a encarar a insegurança não como uma maldição, mas como uma oportunidade valiosa de crescimento e evolução, é o nosso grande desafio.

Quando a vida nos surpreender com a quebra de nossa segurança, é essencial que não nos deixemos levar pelo desespero. Por mais difícil que seja, precisamos, nestas circunstâncias, lembrar do poder que existe dentro de nós e encontrar ali, a força necessária para vencer o obstáculo, com a certeza de que sairemos daquela situação, mais fortes e resistentes.

Buscar em nossa intuição o direcionamento para superar desafios, e encontrar soluções únicas para cada problema que nos aflige, é a única saída para que possamos viver na insegurança sem nos deixar dominar pelo medo.

Afinal, se nada é seguro e tudo pode mudar a cada instante, podemos fazer desta realidade uma motivação para vivenciar cada momento de maneira plena, sem deixar nada para amanhã. Assim, quando a roda da vida girar, nenhum arrependimento ou culpa poderá nos atingir, pois teremos desfrutado ao máximo desta experiência valiosa e única que é a vida.

"Vida é insegurança. Cada momento é um mover-se para uma insegurança cada vez maior. É um jogo. Nunca se sabe o que vai acontecer. E é belo que não se saiba. Se fosse previsível não valeria a pena viver. Se tudo fosse como gostaríamos, se tivéssemos certeza de tudo, não seríamos absolutamente homens, seríamos máquinas. Somente para as máquinas tudo é certo e seguro.

O homem vive em liberdade. A liberdade necessita de insegurança e incerteza. Um verdadeiro homem de inteligência está sempre hesitante porque não tem nenhum dogma no qual se apoiar. Ele tem que olhar e responder *.

Lao Tzu diz: 'Eu hesito e ando alerta na vida porque não sei o que vai acontecer. E não sigo nenhum princípio. Tenho que decidir a cada momento. Nunca decido de antemão. Tenho que decidir quando o momento chega'.
Então, é preciso estar pronto para responder. Isto é responsabilidade. Responsabilidade não é uma obrigação, não é um dever - é a capacidade de responder. Um homem que quer saber o que é a vida tem que ser responsivo.

.... Séculos de condicionamento fizeram de você uma máquina. Você perdeu a humanidade, trocou-a pela segurança. Você tem segurança e conforto e tudo foi planejado pelos outros. E eles puseram tudo no mapa, mediram tudo. E tudo é absolutamente tolice, pois a vida não pode ser medida, é imensurável. E nenhum mapa é possível porque a vida é um fluxo constante. Tudo está mudando. Nada é permanente, exceto a mudança. Heráclito diz: 'Não se pode pisar duas vezes no mesmo rio.'

E os caminhos da vida são tortuosos. Não são como os trilhos de uma estrada de ferro. Não, a vida não corre em trilhos. E essa é a sua beleza, a sua glória, a sua poesia, a sua música - é sempre uma surpresa.
Se você estiver buscando segurança e certeza, os seus olhos se fecharão. E cada vez você se surpreenderá menos, e perderá a capacidade de se maravilhar, terá perdido a religião. Religião é a abertura de um coração maravilhado, é a receptividade para o mistério que nos circunda.

Não busque segurança, não busque conselhos para viver a vida. As pessoas que me procuram e dizem, 'Osho, como devemos viver nossas vidas?', não estão interessadas em saber o que é a vida. Estão interessadas em estabelecer um padrão fixo. Estão mais interessadas em matar a vida do que em vivê-la. Querem que uma disciplina lhes seja imposta.

... Eu não estou aqui para isso. Estou aqui para ajudá-lo a tornar-se livre, inclusive de mim também. Quero ajudá-lo a livrar-se de mim. Meu sannyas é uma coisa muito paradoxal. Você se rende a mim para tornar-se livre. Eu o aceito e o inicio no sannyas para ajudá-lo a tornar-se absolutamente livre de todos os dogmas, de todas as escrituras, de todas as filosofias - e eu estou incluído nisto. O sannyas é tão paradoxal quanto a própria vida. E por isso é vivo.

Portanto, não pergunte a ninguém como viver a vida. A vida é tão preciosa! Viva-a. Não estou dizendo que você não cometerá erros; cometerá. Lembre-se apenas de uma coisa: não cometa o mesmo erro duas vezes. Só isso. Se puder encontrar um novo erro a cada dia, faça-o. Mas não repita erros, pois isso é uma tolice. Um homem que pode encontrar novos erros para cometer, cresce continuamente. Esta é a única maneira de aprender, é a única maneira de chegar à própria luz interior"

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Como ocupar-se de si mesmo !


Como ocupar-se de si mesmo 



"A maneira como você age quando está sozinho afeta o restante de sua vida", disse Chögyam Trungpa Rinpoche a seu filho Sakyong Mipham antes de sair para um retiro de meditação.

Em geral, temos (ou criamos) poucas oportunidades para estarmos sós. Estamos tão viciados nos estímulos do mundo externo que automaticamente nos ligamos a eles até mesmo quando estamos a sós.

Cada um sabe o que faz para manter-se ligado ao mundo externo quando está só: ver televisão, falar ao telefone ou entrar no Facebook... O ponto é que a maneira como nos ocupamos conosco é que nos leva a ter experiências de prazer ou de dor com o mundo externo.

Em geral, deixamos a mente solta como um cavalo selvagem que corre segundo seus hábitos e instintos. Se estamos habituados a sentir emoções negativas como raiva, medo ou ciúmes, não nos damos sequer a chance de sentir algo como confiança, empatia ou força de superação. Já nos sentimos derrotados no primeiro golpe.

O segredo está em saber se consultar internamente antes de agir impulsivamente. Quando tomamos as rédeas de nossa mente sem freios, desenvolvemos a capacidade tanto de intuir como de discriminar os sentimentos que devemos seguir e redirecionar aqueles que nos levam a agir gerando mais e mais sofrimento.

Jack Kornfield descreve em seu livro "Psicologia do Amor" (Ed Cultrix) os quatro princípios transformativos que o budismo nos inspira a seguir diante da dor emocional: reconhecimento, aceitação, investigação e não identificação.

Por exemplo, quando estamos irritados. O simples ato de reconhecer nossa irritação como um assunto de âmbito interno já nos liberta das expectativas alheias em nos acalmar.

A irritação é energia mal parada, mal elaborada, mal direcionada. Nossa mente fica oprimida, sem espaço, abafada. Sentimos calor e palpitações no coração. Qualquer estímulo surge como uma provocação: queremos distância, espaço e tempo! Ao nos darmos conta de nossa irritação como algo que precisamos resolver "em nossa própria casa" passamos de um estado estagnado para a liberdade de poder mudar.

Uma vez que reconhecemos onde estamos, não adianta querer sair correndo, como se fosse possível fugir de nós mesmos. Ao aceitar o que percebemos que está acontecendo em nosso interior, adquirimos um estado sutil de relaxamento que nos dá condições de olhar mais claramente onde nos encontramos.

Neste sentido, aceitar não significa acomodar-se à situação, mas, sim, posicionar-se diante de um novo ponto de partida.

Quando recuperamos a capacidade de ficar diante da emoção destrutiva, podemos observá-la. Investigar significa olhar mais plenamente tanto o que se passa em nosso corpo como em nossa mente.

Feche os olhos para perceber melhor a parte do corpo que está mais afetada com o sentimento de irritação. Enquanto respira, focalize essa região, abrindo-se para assistir aos pensamentos e sensações que surgem espontaneamente. Na medida em que reconhecemos nossos sentimentos, abrimo-nos novamente para aceitá-los. Em seguida, investigamos a natureza impermanente dessas emoções. Será que esta experiência é tão sólida quanto a que estamos sentindo? Sabemos que a irritação é um estado passageiro, por mais longo que ele dure. Ao investigar como nos fixamos a esta experiência, passamos a compreender como sair dela.

No momento em que deixamos de nos agarrar à emoção negativa como nossa única possibilidade de existência, passamos a não mais nos identificar com ela e, assim, completamos o ciclo de transformação.

Jack Kornfield esclarece: "A não identificação significa que paramos de considerar a experiência como 'minha'. Nós vemos como a nossa identificação cria dependência, ansiedade e inautenticidade. Ao praticar a não identificação, nós inquirimos em relação a cada estado, experiência e história: "Isso é o que eu realmente sou?' Nós vemos o caráter provisório dessa identidade. Então, estamos livres para abrir mão e repousar na própria atenção".

Seguindo estes quatro passos, podemos tornar nossos momentos de solidão em verdadeiros atos de transformação!

domingo, 23 de outubro de 2011

Prepare-se: a vida é uma consequência!


Prepare-se: a vida é uma consequência!



A natureza é repleta de ciclos que se renovam constantemente. Desde as menores partículas da célula ou do átomo, tudo se transforma, pois nada é imutável no universo.

A vida inteligente, em qualquer lugar do cosmos, segue o seu ritmo natural, em que cada nova fase do ciclo vital é uma consequência das fases anteriores, ou seja, o reflexo de nossas escolhas através do livre arbítrio.

Portanto, o ser dotado de inteligência e liberdade de escolha é o senhor de seu destino e a reencarnação, a consequência das experiências vitais anteriores.

O diferencial nessa questão é a postura adotada por cada indivíduo diante de sua própria vida, à medida que depende de sua lucidez as escolhas a serem tomadas em prol de sua evolução consciencial.

Por este motivo, somos agentes lúcidos ou passivos no palco da vida, pois depende de nossas iniciativas a alteração de um perfil que trazemos de muitas vivências no corpo físico.

Se passivos, alienados de nossa essência, a tendência é que continuemos a reproduzir um modelo repleto de vícios comportamentais e sentimentos não resolvidos, que são, em parte, responsáveis por níveis de sofrimento psíquico-físico experenciados na vida atual.

Se lúcidos e ativos, a tendência é que alteremos esse paradigma a partir da renovação interior que gerará uma energia compatível com a sensação de bem-estar vital.

Contudo, nunca é tarde para que iniciemos a nossa "revolução da consciência", porque o pouco que fizermos no momento vital, repercutirá positivamente no futuro. É um processo que exige perseverança e fé no potencial transformador que existe em cada um de nós.

Precisamos entender que a vida é precedida de momentos de destruição. Do caos surge o renascimento, a criação, ou seja, a fase em que as expectativas se renovam, desde que sejamos os próprios agentes dessa transformação.

Na natureza humana, nada acontece por acaso, seja na passividade ou na tomada de atitudes, a verdade do que somos se revela diante do universo. Dessa transparência ninguem está livre...

Podemos escrever uma história repleta de capítulos interessantes sobre a nossa existência, ou escrever capítulos que se repetem sem nenhuma importância no contexto existencial. Nesse sentido, a escolha é do indivíduo que permanece passivamente atrelado ao seu passado, ou do indivíduo que desperta para a dinâmica das transformações necessárias a partir de si mesmo.

A renovação vital é sempre um convite -e uma chance- para que o indivíduo desperte em relação às suas inerentes potencialidades. Valores que, invariavelmente, encontram-se subjugados por valores materialistas e dependentes do comportamento padronizado, herança de muitas vidas do espírito imortal.

Quando na vida tem-se a impressão de que "tudo dá errado", é porque, geralmente, repetimos erros do passado e não percebemos que somos vítimas de nossas próprias escolhas e condicionamentos. E para que o ciclo vital não se torne um cristalizado sentimento de frustração que tende a aumentar de intensidade com o passar do tempo, é fundamental que despertemos das sombras que nos prendem a processos obsessivos para a luz da consciência.

O novo paradigma de si mesmo exige mudança interior que pode começar pelos mais simples gestos que revelam as nossas intenções em querer mudar para melhor, a partir da prática do bem sem olhar a quem.

A seguir, relacionaremos algumas dicas para aqueles que desejam alterar a sua energia a partir de procedimentos que aparentemente nada representam, mas que na realidade de nossa natureza interdimensional, significam um importante passo dado em direção à felicidade.

Dê importância à pessoa que lhe solicita ajuda. Nem que seja a atenção necessária para ouvi-la;

No âmbito familiar, semeie a paz e marque presença e participação na educação dos filhos. No entanto, promova o bem além das divisas da família;

Pelo fato de não existir o "certo" ou o "normal" na heterogeneidade humana, liberte-se de idéias pré-concebidas a respeito de pessoas ou de comportamentos sociais que você não aceita. Não esqueça que a mente serena não julga ou condena;

Se não for com o objetivo de ajudar, evite comentar sobre a vida alheia;

Quando idosos, cuide de seus pais e atenda-os no que for necessário e possível para que eles sintam-se queridos na família;

A morte e o nascimento são passagens para uma nova fase do ciclo vital. Portanto, simplifique e aprofunde a vida no sentido do conhecimento de si mesmo e do outro;

Cultive o hábito da higienização mental e espiritual através da prece cujas palavras brotem com naturalidade em forma de amor fraternal e de agradecimento à vida; 

Esteja preparado, pois a vida é uma consequência de nossas escolhas. 

É possível ser feliz agora?


É possível ser feliz agora? 



Você está conscientemente trabalhando para sua própria felicidade? Já se perguntou se o que faz da sua vida é em nome de promover este intento? Já pensou se almeja a felicidade para um futuro que talvez nunca aconteça ou se nostalgicamente fica num passado que também nunca mais existirá?
A questão que fica no presente é: como ser feliz agora?
Quando você sente que não existe nada que não possa fazer, quando tem certeza de que sonhos podem se tornar reais.


A regressão vai desde o momento de sua concepção até seu nascimento. Sabemos que para o cérebro tudo é percepção, portanto, ficou combinado que ele não julgasse o processo, e mais ainda, que desse total crédito a tudo o que fosse acessando, passo a passo.

O preparo para que este tipo de regressão ocorra passa por um procedimento específico em que os hemisférios cerebrais conversam mais estreitamente. O cérebro racional abre amplo espaço para o cérebro intuitivo se expressar e, em comum acordo, como em uma dança, ambos vão compondo cenas de uma história já escrita, porém não consciente.

No percorrer do estágio gestacional, qualquer sensação de conflito, emoção ou desconforto é reprocessada na hora da percepção. Imagine como fica a linha de tempo da pessoa depois desse tipo de regressão... Observe o exemplo desse rapaz de 19 anos: Ao passar pelo segundo mês de gestação, percebeu os pais gritando e brigando muito "lá fora" e isso estava gerando desconforto nele, embora "lá dentro" estivesse com uma sensação gostosa, quentinha e de proteção. Por conta dessas sensações desagradáveis, sentia seu corpo estremecendo aumentando a angústia em seu peito, de feto de dois meses.
Fizemos um reprocessamento sobre esta sensação/percepção até seu sistema ficar totalmente tranqüilo. Num determinado momento, ele disse que sabia que os pais estavam brigando "lá fora", mas que ele "lá dentro" estava protegido e em paz.

Imagine que o mal-estar percebido aos dois meses de gestação foi reprocessado quanticamente e "curado" naquele momento da "regressão". Nos meses subsequentes, não havia mais vestígios do desconforto que certamente acompanharia mês a mês a gestação e, de algum modo, sua vida pós-nascimento.

Reflexão de um novo pensar: sim, todo este desconforto foi resolvido aos dois meses gestacionais. Sequencialmente, eventos chaves relacionados a esse mal-estar, em sua linha do tempo e até chegar aos seus 19 anos, perderam força e intensidade e talvez até o significado.

Será isso possível? O tempo existe? Nosso passado pode ser alterado dessa maneira a ponto de criar a possibilidade de uma agora mais dinâmico e de um futuro diferente daquele embasado em emoções e pensamentos disfuncionais advindos de traumas?
Sim, podemos mudar nossos padrões e conexões de respostas neurológicas adaptadas para outros destinos altamente positivos de modo surpreendente.

Este foi apenas um esboço da dinâmica proposta. Obviamente, existem pessoas que já na concepção têm duvida sobre se quiseram vir, se seus pais os queriam de fato, e isso entre milhões de outras possibilidades. Pessoas com muitas questões de vida encontram soluções durante essa fase... Mas como reprocessar tais sensações? Tem jeito? 
Compactuo com a idéia de que estamos predestinados a ter saúde total, em todos os aspectos, seja por qual caminho tiver sido a busca. Tudo que nos acontece, até mesmo as doenças, são resultado daquilo que, uma vez transmutado, poderá nos fazer sentir melhor e melhor em determinadas situações. Não que desejemos adoecer, no entanto, este fato seria a evidência do desgaste de nossas defesas na busca do bem-estar como princípio de vida.

A família que adoece !


Psicossomática VII: A família que adoece



"Aprendemos nossos sistemas de crenças ainda pequenos e depois vamos pela vida, criando experiências que combinem com essas crenças"

A hierarquia familiar até poucos anos atrás era uma estrutura rígida, seguindo padrões matriarcais ou patriarcais, onde ainda hoje encontramos filhos e netos frutos dessa estrutura familiar e suas consequências.

Quando há uma família disfuncional, ou seja, conflitos, brigas e desarmonia, um membro tenderá a sintetizar a patologia da família, que muitos chamam de bode expiatório. Geralmente quem adoece é o mais sensível, como se representasse toda a família, ou sua dinâmica. Há famílias onde apenas um membro não consegue assumir toda carga e outro também adoece, sendo alguém com que se tenha um vínculo afetivo mais forte, e os dois adoecem; ou ainda, quando um fica curado, outro adoece. Todo esse processo acontece inconscientemente como forma de manter algum vínculo através da doença.
Há muitos casos em que, após um falecimento, toda família se separa, como se a doença fosse o único vínculo que os mantinha juntos.
Mas há algumas características estruturais familiares que geram ou podem facilitar a psicossomatização:
- Famílias onde não ocorre a verbalização de emoções e de afetos, considerando que pelo fato de todos estarem juntos não é necessário falar o que se sente;
- Famílias onde os contatos corporais são raros ou inexistentes, sendo que as trocas emocionais e físicas só ocorrem através de presentes;
- Famílias que se desdobram em atenção para alguém quando este se encontra doente, ou seja, é transmitida a mensagem que ficar doente é bom, pois assim se recebe atenção;
- Quando ocorrem na família mensagens contraditórias, incoerentes, ou seja, a criança pergunta por que a mãe está chorando e esta responde que não está chorando, ou que é "impressão";
- Quando a rigidez e coerção são muito altas, havendo castigos, brigas, comparações;
- Quando existe o medo:
- de mostrar sentimentos, emoções e desejos entendidos como "errados, vergonhosos, feios";
- de não corresponder à expectativa muito elevada dos pais, podendo adoecer para ser poupado da crítica;
- de não ser cuidado e amado o suficiente, estando bem de saúde, ou seja, se não ficar doente poderá ser abandonado;
- de ser punido por estar bem, como se fosse pecado ter saúde;
- da morte, e estando doente e se cuidando sente como se tivesse a morte sob controle; (mais comum em idosos)
- Religiosidade: Pode ser interpretada de forma extremamente castradora e a pessoa adoece como forma de purificação, ou ainda, a disseminação da culpa que está muitas vezes relacionada com a cultura religiosa;
- Dependência química: ela em si já aponta uma desorganização familiar que ao mesmo tempo favorece o surgimento de outras desorganizações.

Podemos perceber que a doença pode ser uma forma encontrada para que as pessoas de uma família estejam próximas e mostrarem afetos, mas podemos perceber com frequência, que durante o surgimento da doença, todos podem se aproximar, e em seguida se separam novamente. Mas será que precisamos chegar a uma doença para ter proximidade?

É importante salientar nas manifestações psicossomáticas a sua correlação temporal com determinados acontecimentos ou datas. Os acontecimentos se referem a uma perda real como morte de um ente querido, ou situações equivalentes como mudanças, divórcio, separações de casais, desemprego, crises, etc.. Por exemplo, é comum uma pessoa adoecer, anos depois, na mesma data em que o pai faleceu. As datas, ou são datas de significação universal como Natal, Ano Novo, ou específicas, como o dia do aniversário, ou ainda, uma data que marca repetidamente uma situação traumática ocorrida anteriormente. O que reforça a somatização frente a situações de perda e a dor que estas implicam.

Essas informações não são colocadas com o intuito de buscar culpados, mas sim de entender a origem de alguns conflitos com os quais temos dificuldade em lidar; assim como rever a forma pela qual muitos pais, ainda hoje, mesmo com tanta informação, educam seus filhos, podendo repetir padrões antigos de educação sem perceberem que estão fazendo aquilo que prometeram a si mesmos nunca mais repetirem.

Sua desconfiança tem sido uma aliada ou uma cilada em suas relações?


Sua desconfiança tem sido uma aliada ou uma cilada em suas relações? 


Desconfiar de alguém pode ser entendido como não acreditar no que ele diz ou faz. E essa desconfiança pode estar baseada em fatos anteriores, em pressentimentos ou ainda em inseguranças pessoais - ou seja, que nada têm a ver com o outro e sim com quem desconfia.

Pois bem! Que atire a primeira pedra quem nunca desconfiou de ninguém! Muito provavelmente você, alguma vez na vida, já se pegou desacreditando de uma promessa, um sentimento ou uma atitude alheia. E talvez você tenha descoberto que estava certo. Isto é, o outro realmente não correspondeu às expectativas que criou.

Neste caso, a sua desconfiança foi uma aliada. E certamente será outras vezes, afinal, todos nós somos capazes de intuir ou de perceber quando há incongruência entre o que alguém fala e o que faz. Porém, o problema nasce quando a desconfiança passa a funcionar como uma autossabotagem, uma cilada que criamos para nós mesmos a fim de não nos permitirmos a chance de ser feliz!

Parece doideira? E é mesmo! Mas existe, acontece o tempo todo, com muito mais gente do que imaginamos. E pode estar acontecendo com você caso esteja com a sensação, repetidas vezes, de que estão te enganando e mentindo para você, especialmente quando o assunto tem a ver com sentimentos e relacionamentos.

Sobre esse assunto, fui inspirada por uma situação real, que seria cômica se não fosse trágica. Um amigo me contou que, embora realmente amasse sua namorada, com quem se relacionava há dois anos, e embora estivesse realmente sofrendo, decidiu romper com ela porque simplesmente não agüentava mais os "barracos" que ela dava por desconfiar de sua palavra, de seus sentimentos e de suas atitudes.

O fato é que para mim ele não teria por que mentir. E me garantiu que jamais a traiu ou enganou. Entretanto, ainda assim, ela se sentia ameaçada pelas amigas dele e até pelas amigas dela, agredindo a todos com acusações sem fundamentos e criando um constrangimento cada vez mais insuportável.

Enfim, embora bonita, inteligente e muito bacana, ela se jogou numa armadilha da qual não conseguiu sair sem antes botar a perder um relacionamento que, em princípio, tinha tudo para dar certo.

Baixa autoestima? Excesso de insegurança? Medo de ser traída? Crenças limitantes e equivocadas? Qual será o verdadeiro motivo para esse tipo de comportamento? Certamente, cada caso é um caso e não existe uma única resposta, uma única razão. Mas não tenho dúvidas de que somente o criador da armadilha pode saber como desfazê-la.

Talvez não saiba conscientemente, talvez nem saiba que é capaz de criar uma armadilha para si mesmo. No entanto, à medida que alguém se dá conta do quanto sua desconfiança lhe causa angústia, aflição, conflitos, ansiedade extrema e desentendimentos sem fundamentos que os justifiquem, é hora de parar e se questionar: que dinâmica é essa a partir da qual estou sustentando minha vida, minhas relações e meus sentimentos? E, a partir de então, tratar de buscar ajuda para encontrar suas respostas!

Dizem que "a mentira tem perna curta" e talvez essa seja a única garantia que temos de que, mais cedo ou mais tarde, a verdade sempre prevalece. Por isso, se você está desconfiado, o melhor que pode fazer é se apoiar nos fatos, no que pode ver, ouvir e tocar. Tudo o mais não passa de especulação que só serviria para fazer você dormir e acordar rodeado por fantasmas tão perturbadores quanto enlouquecedores.

Sendo assim, sugiro que você pare de viver a partir de desconfianças e comece a confiar um pouco mais, a cada dia, em si mesmo. Confie em sua inteligência, em seu caráter, em sua forma íntegra e coerente de se relacionar. Confie no seu poder de atrair pessoas semelhantes, que se identifiquem com quem você é e com o tipo de relacionamento que você sabe viver!

Confie, por fim, na sabedoria do Universo, porque além das certezas humanas, existe uma certeza que é soberana - e esta é infalível!

Cultive a leveza da alma!


Cultive a leveza da alma!



Os milênios de existência do espírito -observado como um ser e a sua trajetória vital- envolvem uma série de acontecimentos que ficam registrados em sua memória extracerebral e em forma de "karma", segundo as leis da reencarnação.

Esse "peso" constituído por escolhas erradas ou por atitudes em que o orgulho, o egoísmo ou a prepotência tiveram papel importante no palco da vida, segura o indivíduo na crostra terrestre, não permitindo que o mesmo expanda a sua consciência e liberte a sua alma do fardo das reencarnações.

Dessa forma, o produto bruto de nossas vivências no corpo físico, mantém um vínculo permanente com a essência do que somos, ou seja, a verdade de cada um diante de si mesmo e do universo.

Por isso, a sensação de infelicidade, incompletude e do sentimento de vitimização que envolve a vida de muitas pessoas que não encontram a saída do labirinto de seus problemas...

Nesse sentido, a vida atual que também acumula traumas psíquicos da infância, torna-se um pesado fardo para aqueles que já trazem o seu peso de outras vidas.

Por este motivo, ao justificarem muita dor e sofrimento, alguns acabam desistindo da jornada vital no meio do caminho. Atitude que tornará a sua dívida ainda mais pesada em relação à sua próxima experiência no corpo físico.

As religiões, principalmente as de fé raciocinada, assim como as psicoterapias de proposta interdimensional, trabalham no sentido de conscientizar o indivíduo sobre a necessidade de expandir o seu outro eu, isto é, o eu superior que encontra-se intimamente associado aos valores do espírito que o ser humano traz internalizado desde tempos imemoriais.

O que turva a nossa visão e insensibiliza a alma, tornando-a aprisionada à crosta terrestre, é o "lixo" acumulado das sucessivas vidas do espírito imortal. Preso a si mesmo, o indivíduo não encontra a leveza necessária para o desprendimento rumo à expansão de sua própria consciência.

As Experiências de Quase Morte (E.Q.M.) e demais experiências em que o espírito desprende-se do corpo físico para depois retornar, são uma prova irrefutável de que a nossa verdadeira identidade é a espiritual. Pessoas que passam por essas experiências, adquirem um novo olhar sobre a vida.

Portanto, é "esse olhar" que precisamos desenvolver para tornar a alma -e a vida- mais leve. E o autoconhecimento é o caminho que leva a um processo de desprendimento e despojamento das "armaduras" que carregamos através dos séculos.

A alma somente alcança a sua liberdade, quando os fios que a prendem a sentimentos negativos são cortados por um melhor nível de conhecimento de si mesmo, do outro e da realidade interdimensional na qual encontra-se inserida.

A psicoterapia interdimensional ou as religiões reencarnacionistas não são a solução mágica dos problemas de cada um, mas representam o gatilho acionado para que se processe a autoconscientização. Por isso, são referências no âmbito do autoconhecimento avançado.

Se quisermos nos libertar do fardo que carregamos, temos que investir na leveza da alma. E essa específica e sutil reeducação de sentimentos exige uma gradual reforma interior que começa por uma revisão de tendências (condicionamentos, preconceitos, etc.) que trazemos internalizado de vidas passadas. Sem mudança de paradigma comportamental que altere a essência (verdade) de cada um, a vida repete-se com os seus níveis de desconforto, comodismo e desesperança.

A felicidade é uma conquista da alma que desprendeu-se das amarras do pretérito. E o estado de espírito pleno, equilibrado, sem radicais alternâncias de humor que tanto atrapalha a vida das pessoas, é a meta do indivíduo focado na saúde integral.

A regra é simples: cultive a alma leve e adquira um novo olhar sobre a vida. 

OS TRÊS ELEMENTOS DA MAGIA !


OS TRÊS ELEMENTOS DA MAGIA



Quando falamos de Magia, precisamos em primeiro lugar recordar que no universo tudo é energia, a qual normalmente apresenta-se de duas formas, condensada ou dispersa.
Matéria é a energia condensada, e energia e o estado latente, livre ou primordial da matéria.

O nome magia carrega consigo muitos elementos que mistifica e o confere ares sensacionalistas ao termo, mas conceitualmente falando, quando queimamos um palito de fósforo, estamos fazendo magia, quando aquecemos a água para o chá também. Em resumo, sempre que modificamos os estados energéticos das coisas em geral, realizamos magia, que é a transformação ou a transmutação da energia. Entretanto, quando falamos de magia no campo das curas naturais, dos processos de elevação da alma e da descoberta dos potenciais latentes do ser humano, precisamos estar cientes de outros aspectos. Normalmente, no dia-a-dia, quando modulamos através de atitudes corriqueiras, matéria ou energia não faz conscientemente e nem desejamos através do foco mental que a força aflorada na magia, seja projetada sobre um objetivo, objeto, situação ou pessoa. Por isso, precisamos entender os processos que envolvem a magia e em especial, quais são os seus benefícios quando aplicados no campo do conhecimento e da evolução humana, nos aspectos físico, emocional, mental e espiritual. Os três elementos principais da magia são:
Foco mental + Concentração + Intenção 
1) Foco mental é a capacidade que a pessoa tem de estabelecer um objetivo ou imagem mental, com riqueza de detalhes. Quanto mais detalhado estiver o contorno da imagem projetada melhor será o resultado da magia. Em outras palavras, maior será a sua precisão.

Exemplo:
Imagine que você tem um morango em suas mãos. Imagine com o máximo de precisão possível o seu tamanho, a sua cor, a sua textura, o seu peso e seus aspectos gerais. Perceba se ele está maduro ou não ou se o seu aroma está mais intenso ou mais suave. Também delineie todos os outros detalhes que forem possíveis fixar em sua mente. Uma vez que você contornar a imagem mental com todas essas características, o primeiro elemento da magia foi ativado.

2) A concentração é necessária para que essa imagem detalhada mantenha-se estabelecida na mente do mago, sem que pensamentos impróprios abalem o seu foco mental. Quanto mais tempo o mago sustentar essa imagem ou matriz mental, maior será o poder de sua magia.

Nesse segundo elemento está um dos maiores desafios do Mago, o de dominar os pensamentos, eliminar a agitação mental e purificar os burburinhos internos. É nesse estágio que muita gente falha, porque é preciso bastante disciplina para dominar os pensamentos aleatórios que invadem a mente. A receita é uma só: treino, treino e treino.

Uma vez que a pessoa mantiver o foco mental com concentração, o segundo elemento da magia estará ativado.

Exemplo:
Agora que a imagem do morango, juntamente com todos os seus detalhes específicos, estiver desenhada em sua mente, sustente essa matriz mental o máximo de tempo possível, não permitindo que nenhum outro pensamento surja. Tudo que você deve fazer é manter a imagem detalhada do morango em sua mente. Quando a imagem oscila, a força da realização da magia enfraquece.

3) A intenção é o combustível, pois sem ela, a matriz desenhada não se expande além dos limites da mente. É a intenção que determina a qualidade e a polaridade da energia produzida. Intenção positiva, limpa, amorosa, determinada, dá vida à magia Divina, que traz consigo elementos de cura, elevação, amparo, amor e iluminação. Além disso, é a intenção que materializa ou plasma no ambiente físico, as qualidades pretendidas da determinada magia. As confusões emocionais são como bactérias que infectam a magia, livre-se delas. Quando as emoções elevadas estiverem envolvendo o foco mental, então, o terceiro elemento da magia estará ativado.

Exemplo:
Enquanto concentra a mente na imagem detalhada do morango, sinta amor pela vida, gratidão por existir e boa intenção no objetivo da imagem projetada. Alegre-se, deixe sua alma fluir com leveza, contentamento e tranquilidade. Elimine agitação, medo, raiva, magoa ou angústia, pois essas emoções produzem a magia negra. É na condução desse terceiro elemento que o mago decide se dará vida a Magia Divina ou Magia Negra, por isso, cada um deve saber que é responsável pela magia que produz.

Quando o aprendiz de magia conhecer e dominar esses três principais elementos, então ele estará apto para produzir grandes ganhos pessoais e coletivos no sentido da cura, da elevação moral, do aumento da consciência, da expansão do amor, da ajuda ao próximo, da harmonização ambiental, entre tantos outros benefícios possíveis com o emprego da Magia Divina.

E nesse contexto, todo usuário consciente dos benefícios e possibilidades da magia, poderá se utilizar da força dos elementos da natureza para potencializar seus resultados.

Os elementos da natureza fornecem inúmeras vantagens que variam de acordo com a sua essência. A água, o ar, o fogo, a terra, o éter, as plantas, os cristais, os sons, todos eles têm a capacidade de sozinhos ou combinados, oferecer grandes potencialidades aos efeitos da magia. Sua utilização confere mais intensidade e precisão, pois são como amplificadores que aumentam o poder da magia, no sentido da sua força de realização, além disso, cada elemento natural é carregado com qualidades específicas de sua natureza, como exemplo: o fogo que purifica, transmuta e queima; a água que lava, faz fluir e arrefece; o vento que gera movimento, que desbloqueia; a terra que drena, filtra, gera estrutura e firmeza e o éter que é a substância não material que pode ser moldada ao gosto do mago e as plantas que atuam diretamente na mente e nas emoções de todos os seres, por isso são largamente empregadas em processos de cura. 

O tecido da vida !


O tecido da vida 



O tecido de que é feita a vida é composto por muitas tramas, algumas simples, outras com grande multiplicidade de cores e formas, que formam um grande mosaico.

E a principal matéria-prima deste tecido é, sem dúvida alguma, a emoção. Cada pequeno ato que praticamos, estejamos nós conscientes ou não, é direcionado por uma emoção.

Até mesmo a simples decisão de escolher o sabor de um sorvete é ditada pela sensação de prazer que ele nos proporcionará. Se estamos tristes, certamente buscaremos naquele alimento, uma forma de compensação, ainda que momentânea, para esta emoção.

Por essa razão, é essencial que permaneçamos conscientes das emoções que estão predominando em nós. Elas farão toda a diferença e determinarão se nossa vida será feliz ou miserável.

E, se as emoções são as principais componentes do tecido da vida, sem qualquer sombra de dúvida, o amor, a fonte mais poderosa de emoções positivas que temos à nossa disposição, coloca-se como o fio mais valioso deste tecido.

Quando vivemos em perfeita sintonia com nossa essência, com a fonte de amor que habita dentro de nós e que nos originou, nossa vida se transforma num êxtase permanente, pois o coração está sempre no comando.
Senti-lo pulsando a cada instante e conectando-se profundamente com o coração de cada ser que encontramos em nosso caminho, é a única maneira de conhecermos o real e verdadeiro sentido da palavra felicidade.

Busquemos, então, a cada dia, honrar o divino em nós, amando-nos e vivendo em perfeita sintonia com ele, pois só assim nossas ações serão totalmente fiéis aos anseios de nossa alma.

"... O coração é o centro negligenciado. Quando você começa a prestar atenção nele, ele começa a funcionar. Quando ele começa a funcionar, a energia que estava automaticamente indo para a mente, começa a se mover através do coração. E o coração está mais próximo do centro de energia. O centro de energia está no umbigo - assim, bombear energia para a cabeça é, na verdade, um trabalho árduo.

É para isso que existem todos os sistemas educacionais: para ensiná-lo a bombear energia do centro, diretamente para a cabeça. Para ensiná-lo a se desviar do coração. Dessa maneira, nenhuma escola, nenhum colégio, nenhuma universidade ensina a sentir. Eles aniquilam o sentir, porque sabem que, se você sentir, não poderá pensar.
Se você sentir muito, então, a energia ficará parada no centro do coração, não irá para a cabeça. Ela só pode ir para a cabeça quando o centro do coração é completamente negado. Ela tem de ir para algum lugar, tem de encontrar uma saída. Se o coração não for a saída, ela irá para a cabeça.

De fato, todo o sistema educacional desenvolvido em todo o mundo é para ensiná-lo a evitar o coração, a como tornar-se mais e mais mental e a como bombear a energia diretamente para a cabeça.

Assim, o amor é negado, o sentimento é negado, condenado - é quase um pecado sentir. A pessoa tem de ser lógica e racional, não emocional. Se você for emocional, as pessoas dirão que você é infantil - de certa forma, eles estão literalmente certos, porque só uma criança sente.

Uma pessoa adulta instruída, culta, condicionada, pára de sentir. Ela se torna quase seca, madeira morta - não flui mais nenhum sumo dali. Daí haver tanto sofrimento: o sofrimento é por causa da cabeça.

A cabeça não pode celebrar, não há nenhuma celebração possível através da cabeça - ela pode pensar sobre e sobre e sobre, mas ela não pode celebrar. A celebração acontece através do coração.

Assim, a primeira coisa é começar a sentir cada vez mais e mais. Torne-se uma morada de amor, um santuário de amor; este é o primeiro passo. Uma vez que você dê este primeiro passo, o segundo será muito, muito fácil.

Primeiro, você ama - a metade da jornada está completa. E assim como é fácil mover-se da cabeça para o coração, é ainda mais fácil mover-se do coração para o umbigo. No umbigo você é simplesmente um ser, puro ser".

Por que a pessoa sumiu assim, do nada?


Por que a pessoa sumiu assim, do nada? 



Você conhece alguém, troca mensagens com esta pessoa, falam-se ao telefone e até saem algumas vezes juntos. Tudo o leva a crer que este encontro promete um prolongamento, uma concretização, um final feliz.

Empolgação, investimento, foco, alegria... e você realmente começa a acreditar que, desta vez, vai ser diferente! Porém, de repente, não mais que de repente, o ser humano desaparece! Assim mesmo, do nada, sem deixar recado ou ao menos dizer um "fui".

Você fica se perguntando o que houve, se fez algo errado, se forçou a barra, viajou na maionese ou algo neste sentido... Mas, não! Não encontra nenhum motivo que justifique atitude tão paradoxal - o tal sumiço.

Chega a se questionar sobre a possibilidade de o sujeito ter sido abduzido, ter perdido a voz ou sofrido algum tipo de amnésia, mas logo se dá conta de que tudo isso é muito, muito pouco provável.

E sua mente não pára de raciocinar! Você diz a si mesmo: bem, qualquer pessoa com o mínimo de noção de educação deveria saber que se toda frase merece um ponto final ou ao menos reticências, o que dirá um relacionamento, por mais recém-nascido que seja.

E você tem razão: o fato é que são raras as vezes em que a "saída à francesa" é a melhor escolha! Portanto, é bem possível que este não seja o caso e que sua angústia diante do sumiço do outro faça sentido!

No entanto, por mais que seja compreensível esse sentimento, nada justifica o prolongamento indefinido dele. Ou seja, se você estava se relacionando com alguém que, do nada, desapareceu, sugiro que tente, sim, fazer contato, verificar se está tudo bem. Mas se não obteve retorno, o melhor que tem a fazer é esquecer esta história!

A simples decisão da pessoa de sumir deve servir para lhe mostrar que, em última instância, não faria sentido continuar investindo na relação. O que tinha de ser, já foi! E o que não foi, não era pra ser. Simples assim. E qualquer conclusão diferente desta só vai fazer você se afogar num sem-fim de perguntas para as quais não encontrará as respostas.

Portanto, seja inteligente e, sobretudo, razoável consigo mesmo. Não se maltrate e nem permita que a falta de consideração de alguém preencha seus dias com lamentos e sensação de rejeição. Cada um tem suas razões e, por mais amargo que seja admitir, talvez esta pessoa simplesmente não saiba lhe contar quais são as dela...

No final das contas, pode apostar que se ficou algo importante a ser dito, algum dia ela vai dar um jeito de fazê-lo. Senão, lembre-se: para quem tem a autoestima em dia, um silêncio como este deve se transformar no mais perfeito "já foi tarde"!

Curar a ferida em primeiro lugar !


Curar a ferida em primeiro lugar 



Quando somos atingidos por uma flecha, não devemos perder tempo buscando saber quem e por que nos feriu. Mas, sim, arrancar a flecha fora e cuidar, o quanto antes, da ferida. Este é o modo budista de lidar com os problemas: focamos a cura ao invés de cultivar a indignação que gera ainda mais dor.

Em vez de responder aos inúmeros porquês, focamo-nos em lidar com a situação de modo a assumir o autocontrole diante de nossos problemas. Afinal, quando não podemos mudar uma situação externa, ainda assim, podemos transformar o nosso modo de encará-la.

Enquanto estivermos contaminados pelo cansaço, pela raiva ou pela indignação, nossas atitudes serão tendencialmente unilaterais ou vingativas. O que o budismo nos alerta é que a primeira coisa a fazer quando recebemos qualquer tipo de agressão é nos interiorizarmos para recuperar o espaço interior.

Mais do que uma percepção mental dos fatos, devemos buscar o equilíbrio interior para que nosso pensamento volte a ser claro e amplo.

Na medida em que nos concentramos em curar a ferida, ao invés de indagar o porquê ela ocorreu, cultivamos o hábito mental de buscar soluções práticas que nos ajudam a nos desvencilhar dos problemas. Deste modo, não ficamos presos ao discurso "ele não podia ter feito isso comigo" que nos leva apenas à paralisia, mas passamos a nos mover em direção à solução interior, o que nos leva a um senso profundo de liberdade de podermos ser quem somos.

O mundo à nossa volta está repleto de informações conflitantes e confusas. Tornamo-nos reféns dos outros enquanto nos deixamos enganchar por seus conflitos.

Para nos desvencilharmos das confusões alheias, precisamos antes de tudo recuperar nosso espaço interior. Esta é a diferença entre gritar para o outro: "Me solta" e dizer internamente: "Eu me solto".
Desta maneira, ganhamos autonomia interior, isto é, recuperamos o prazer e a habilidade de exercitar a nossa própria vontade de nos acalmar. Lama Gangchen nos encoraja a praticar a Autocura quando nos fala: "Basta reconhecermos nossa própria capacidade e ousarmos aceitá-la".

Em seu livro Autocura Tântrica III (Ed. Gaia) ele esclarece: "Para começarmos a vivenciar os níveis mais profundos da Autocura, nossa mente precisa começar a aceitar e usar o espaço interior da forma correta. Temos que compreender que há mais espaço em nossa mente muito sutil do que no mundo externo. Além disso, também precisamos entender que as situações perigosas que hoje vivenciamos são o resultado de causas e condições negativas criadas por nós no passado. É muito importante praticarmos a Autocura, pois se continuarmos a gravar negatividades em nosso espaço interior, embora nosso coração não possa explodir, uma terrível explosão global de negatividade pode acontecer, causando nosso Armagedão individual e planetário".
Para parar de gravar negatividades em nosso espaço interior, precisamos cultivar o hábito de nos interiorizarmos, de ampliarmos nosso espaço interior. Mas a capacidade de nos autossustentar surge à medida em que nos sentimos disponíveis para nós mesmos.

Se não nos sentimos capazes de lidar com certas emoções, devemos buscar pessoas que nos incentivem a lidar positivamente com elas. A solidariedade alheia nos ajuda a sentir e aceitar o que nem mesmo somos capazes de entender.

O importante é buscar coerência entre nosso mundo interior e a realidade exterior. Viver bem pressupõe considerar a realidade acima de qualquer coisa.

Ao recuperar o espaço interior, ganhamos uma nova disponibilidade para agir. 

sábado, 1 de outubro de 2011

Procrastinação: O eterno adiar !


Procrastinação: O eterno adiar

Para quem não conhece esse termo, procrastinar significa adiar alguma ação útil ou importante que você poderia fazer agora. Algumas pessoas adiam decisões e ações por dias, meses, anos, e até mesmo por uma vida inteira, gerando insatisfação, ansiedade e outras consequências.

A procrastinação pode ocorrer nas mais diversas áreas, nos impedindo de realizar variadas coisas que levariam a uma vida mais plena. Por exemplo:  fazer um curso, ir em  busca de um emprego, escrever um texto, fazer a lição de casa, falar com alguém sobre algum tema não muito agradável, organizar o guarda-roupa, contratar uma pessoa para fazer um serviço, consertar um defeito do carro, chamar o eletricista para arrumar algo em casa, começar a se exercitar, fazer uma dieta, aprender uma língua, fazer uma viagem, começar a poupar, iniciar um novo projeto profissional, começar a meditar, fazer um tratamento de saúde,  auto aplicar a EFT, etc...

A procrastinação não se dá por "fraqueza" ou por falta de inteligência. Pessoas consideradas "fortes" também vão ter episódios de procrastinação, e o mesmo ocorrerá com pessoas vistas como muito inteligentes. Quando estamos adiando algo que é importante, estamos vivenciando a manifestação de mecanismos sabotadores conscientes e inconscientes.

Por trás do eterno adiar, existem várias crenças, pensamentos e sentimentos negativos que estão nos amarrando e que muitas vezes não conseguimos perceber. Muitas desculpas podem surgir para justificar a tomada e ações: - Preciso esperar o melhor momento, sou novo demais, sou velho demais, preciso antes aprender tal coisa, tenho que me tornar uma pessoa de tal jeito para poder fazer isso, não me sinto capaz o suficiente, quando a economia melhorar eu faço, nessa cidade não tem como começar, só quando eu ficar mais magro, se eu fosse mais bonito já teria começado, não comecei ainda porque minha família não me apóia, preciso que determinada pessoa me ajude e ela nunca tem tempo e é por isso que ainda não comecei, vou fazer quando tiver mais dinheiro...

Raras vezes as razões que surgem são 100% impeditivas de se realizar o que se deseja. Normalmente, são apenas obstáculos que podem ser superados com um pouco de atitude e criatividade. Outras vezes, não passam de desculpas que servem apenas para mascarar outros sentimentos mais profundos: medo do sucesso, medo do fracasso, medo do julgamento, questões mais profundas de auto-estima, etc..

Observe o ciclo sabotador da procrastinação. Uma amiga minha, hoje com 34 anos, se arrepende de não ter feito um curso superior quando era mais nova com seus vinte e poucos anos. Quando ela tinha esta idade, via outras pessoas mais novas se formando ou perto de concluir um curso superior. Então, ela pensava que já estava um pouco velha para começar e acabava desistindo. O tempo passou, foi chegando perto dos 30 e ela pensava: "Ah, eu era muito nova, mas na época achava que não era mais; se eu tivesse começado o curso naquela época eu já teria me formado. Mas agora já tenho 30 anos". Passam mais alguns anos, e em momentos de reflexão surgem pensamentos bem semelhantes: "Puxa vida, se eu tivesse começado aos 30, estaria me formando agora, mas eu já achava tarde demais. Agora com 34 é que ficou tarde". Os pensamentos ressurgem à medida que o tempo vai passando, ainda com o mesmo mecanismo. A pessoa sempre acha que antes dava, e que agora não dá mais e vive em um eterno sentimento de arrependimento por não ter tentado antes, o que alimenta  mais a inércia e a procrastinação, gerando ainda sentimentos de insatisfação, incompetência e outros que acabam baixando a auto-estima. 

A REBELIÃO ESPIRITUAL !


A REBELIÃO ESPIRITUAL



Os sinais na Terra se mostram claros: de um lado, as forças do mal manipulando as consciências e transformando os seres humanos em robôs, fantoches, máquinas que apenas obedecem as ordens da hipnose coletiva dos meios de comunicação, da educação, da cultura. Do outro, as forças do bem que comandam ações corajosas de rebelião contra essa ditadura do mal, a opressão, a injustiça social. Sem dúvida, algo está se movimentando, e isto é uma evolução espiritual.

Inspirada num texto recentemente canalizado por Ramathis, do lendário Hermes Trismegisto, encontrei o elo que faltava para compreender a inércia que parece ter tomado conta de muitos espiritualistas modernos convictos, imersos numa espécie de hibernação inconsciente de que basta usar técnicas alternativas de relaxamento, yoga, meditação, para prover o crescimento espiritual. A verdade é que isso não basta. Há algo muito mais profundo e decisivo para que possamos realmente entrar no ciclo evolutivo da espiritualidade.

Segundo as palavras de Hermes, precisamos compreender que evolução é ago que nos lança para além do meramente humano. Nessa linha de raciocínio, a perspectiva trans-humana é um estado do ser, um estado existencial que precisamos desenvolver, para que possamos nos alinhar com as mudanças genéticas que estão ocorrendo em nosso corpo de energia. Essa perspectiva implica, em primeiro lugar, uma visão mais crítica e abrangente do contexto sócio-político do mundo contemporâneo. Toda a crise que estamos vivendo atualmente é o resultado de mecanismos de comunicação social que são veiculados pela TV e pela mídia globalizada, da educação que recebemos e transmitimos aos nossos filhos, do tipo de cultura que valorizamos e repetimos cegamente, das ideologias políticas e do sistema econômico que nos escraviza a um consumismo cada vez mais voraz e destruidor.

Vamos pensar: tudo isso serve a quem? Beneficia a quem? Há uma força global invisível que nos governa através da tecnologia, do sistema financeiro e político, visando cada vez mais riqueza, poder e controle. Essa invisibilidade é assustadora e gera medo nos seres humanos, que se vêem impotentes, submissos e sem recursos para reagir. Assim, enfraquecidos, voltamos a ser uma raça de humanóides inconscientes, inconsequentes e facilmente manipulados.

Enquanto alguns buscam o prazer substitutivo de um consumismo fascinante, hipnótico e sedutor, outros buscam saídas ilusórias pela via de um espiritualismo delirante, fundamentalista e muitas vezes dogmático, enquanto uma minoria escolhe práticas alternativas gratificantes e saudáveis, como a yoga, a meditação, as técnicas de relaxamento. Tudo isso expressa muito mais a angustia e a inércia na alma do ser humano, do que um verdadeiro e coerente compromisso com a revolução que representa a consciência espiritual.

Hermes insiste que é preciso compreender que o conceito de consciência espiritual não é algo ligado à fé ou a religiosidade. Numa perspectiva trans-humana, ela é a matriz que dirige todos os processos bioquímicos, físicos, geométricos e matemáticos do Universo. Nós, seres (ainda) humanóides, ainda presos a uma genética biológica, a uma área geográfica, a uma cultura específica, não assumimos nossa verdadeira identidade de Seres Cósmicos, parte do Universo e do Plano Divino. Para que isso aconteça, precisamos avaliar os conceitos evolutivos que nos foram transmitidos, reconhecer que temos nos submetido à velha ideologia da sobrevivência do mais astuto ou do mais forte, e assumir plenamente que nossa origem é Divina. Só estamos aqui na Terra, encarnados num corpo biológico e mortal, por uma necessidade evolutiva, mas não somos terrestres, não pertencemos a este mundo. Somos pesquisadores da evolução e transformação espiritual. A essência que reside em nosso interior é divina, imortal e indestrutível.

A compreensão dessa lei nos devolve a consciência de que nada temos a temer, que não precisamos de artifícios para combater as forças obscuras do mal, que está na hora de acordar dessa hibernação espiritual e ativar a perspectiva trans-humana de nossa evolução. Isso nos devolve um estado de Ser, Sentir e Saber, que permite a compreensão de que somos todos irmãos e todos temos a mesma origem divina. Não existem fronteiras geográficas, sociais, políticas ou econômicas quando compreendemos que tudo isso foi criado para nos confundir e confinar energeticamente no paradigma da separatividade, da discórdia, da desunião.

Estamos entrando numa nova era e isso não é um mero slogan espiritualista. Isto significa que chegou o momento de vivermos a espiritualidade com um senso de que estamos fazendo política, aquela que congrega forças de coesão e colaboração fraternal, que ativa o princípio cósmico da harmonia e do serviço desinteressado â coletividade, que expande a consciência para além das fronteiras do individualismo e dos interesses pessoais. Isso é a verdadeira subversão de valores. Essa é a rebelião espiritual. Esse é o grande poder do espírito que somos.

Princípios Herméticos - Gênero


Princípios Herméticos - Parte 3: Gênero



O Sétimo Grande Princípio hermético -o Princípio de Gênero- diz que há Gênero manifestado em tudo, ou seja, que os Princípios Masculino e Feminino estão sempre presentes e em ação em todos os planos da vida. Entretanto, é preciso deixar claro que o Gênero, no sentido Hermético, é derivado da raiz latina que significa gerarprocriarproduzir. Essa palavra tem um significado mais extenso e mais geral que o termo sexo, que se refere às distinções físicas entre as coisas viventes: machos e fêmeas. O sexo é simplesmente uma manifestação do Gênero em certo plano (o plano físico, da vida orgânica).

Um bom exemplo de gênero pode ser encontrado no átomo: uma nuvem de corpúsculos negativos ao redor de um positivo. E a partir do átomo (e da interação entre essas forças) surge a construção de todas as coisas. O que nos lembra a sabedoria do verso 42 do Tao Te Ching:

O Tao gera o um
O um gera o dois
O dois gera o três
O três gera as dez-mil-coisas.

Que poderia ser interpretado hermeticamente assim: Do Tao (o insondável, o TODO) surge o um (que poderíamos chamar de "a malha do universo" ou a vibração -string- que dá origem à nossa realidade física) que gera o dois (a polaridade, o Gênero) que gera o três (a junção das energias, que forma o átomo, o movimento/ritmo) que gera as dez-mil-coisas (que representam todas as coisas do Universo).

A parte do princípio Masculino parece ser a de dirigir uma certa energia inerente para o princípio Feminino e assim pôr em atividade o processo criativo. Mas o princípio Feminino é sempre o único que faz a ativa obra criadora, e isto é assim em todos os planos. E ainda, cada princípio é incapaz de manifestar a energia operativa sem o outro. Em muitas formas da vida os dois princípios estão combinados em um só organismo. Por esta razão, tudo no mundo orgânico manifesta ambos os gêneros: há sempre o Masculino na forma Feminina, e o Feminino na forma Masculina.

No diagrama do Taijitu vemos os pólos Yin e Yang, masculino
e feminino, e como eles estão inseridos um no outro


Os estudantes de psicologia estão familiarizados com a teoria da mente dual, composta de consciente e inconsciente, pesquisada em 1893 por Thompson J. Hudson e desenvolvida por Sigmund Freud no séc XX. Em linhas gerais, no Hermetismo o Princípio Masculino da Mente corresponde à chamada Mente Objetiva, Consciente, Ativa, etc., enquanto o Princípio Feminino corresponde à chamada Mente Subjetiva, Subconsciente, Passiva, etc..

A mesma relação pode ser observada no Eu e no Ego.

No livro Caibalion o "Eu" é considerado como sendo uma coisa mental em que os pensamentos, as idéias, as emoções, as sensações e outras condições são produzidas. Pode ser considerado como a matriz -a mãe- capaz de fazer a geração. Por isso mesmo é ele o aspecto feminino da consciência. O "Ego" é a força de Vontade, a Ação, é quem direciona as energias criativas no sentido da REALIZAÇÃO. Esse é o aspecto masculino da consciência. Se você reparar, vai ver que o ser humano é um microcosmo das mesmas energias que criaram o Cosmo, o que valida o princípio da correspondência: "O que está em cima é como o que está embaixo".

O Ego Masculino é capaz de sustentar e abrigar as operações da criação mental do Ego Feminino. A tendência do Princípio Feminino é sempre receber impressões, ao passo que a tendência do Princípio Masculino é sempre dá-las ou exprimi-las. O Princípio Feminino tem um campo de operação mais variado que o Princípio Masculino. O Feminino dirige a obra da geração de novos pensamentos, conceitos, idéias, incluindo a obra da imaginação. O Masculino contenta-se com a obra da Vontade, nas suas várias fases. O problema é que, sem o auxílio ativo da vontade do Princípio Masculino, o Feminino pode contentar-se com a geração de imagens mentais que são o resultado de impressões recebidas de fora, em vez de produzir criações mentais originais. As pessoas que prestam uma contínua atenção a um assunto empregam ativamente ambos os Princípios Mentais: o Feminino na obra da ativa geração mental e a Vontade Masculina na estimulação e fortificação da porção criativa da mente. O normal é que os Princípios Masculino e Feminino na mente de uma pessoa ajam harmoniosamente em conjunção com a de outra pessoa, mas infelizmente a maior parte delas emprega pouco o Princípio Masculino, e contenta-se em viver de acordo com os pensamentos e as idéias insinuadas no Eu pelo Ego das outras mentes (o famoso "gado", as criaturas presas na Matrix).

Nos fenômenos de telepatia vê-se como a energia vibratória do Princípio Masculino é projetada para o Princípio Feminino de outra pessoa, e como este toma o pensamento-semente e o desenvolve até a madureza. Pela mesma forma operam a sugestão e o hipnotismo. O Princípio Masculino da pessoa dando as sugestões dirige sua energia vibratória (ou Força-Vontade) para o Princípio Feminino de outra pessoa, e esta última, aceitando-a, interpreta-a como se fosse dela e age e pensa em conformidade com ela. Quem viu o filme A origem (Inception) vai perceber essa relação, e se divertir imaginando o roteiro sob o ponto de vista energético.

A manifestação do Gênero Mental pode ser observada ao redor de nós todos os dias da vida. As pessoas magnéticas são as que podem empregar o Princípio Masculino a fim de imprimir as suas idéias nos outros. O ator -que faz o povo chorar ou rir como quer-, o faz empregando este princípio. E assim se dá com o orador, o político, o pregador, o escritor ou qualquer pessoa que tenha a atenção do público.


Com tudo o que vimos acima, podemos ir além das aparências do mundo físico e examinar a questão "polêmica" da união homoafetiva (casamento homossexual) sem preconceitos. O que veremos é que, se a motivação da união não for baseada puramente na atração sexual ou interesses financeiros, haverá aí amor, harmonia, ou seja, uma troca de energias saudável, pois um dos elementos simbolizará o pólo feminino e o outro o masculino, como em qualquer união hétero que não esteja baseada puramente na atração sexual ou interesses financeiros. Então, pra que outras pessoas se prestam a tentar impedir essa união? É ir contra o funcionamento do Universo! Apenas porque não sairá em algum momento um pedaço de carne vivo de dentro de um deles não quer dizer que aquela relação não produza VIDA.

Já construímos os mais altos arranha-céus, já fomos à Lua, mas não há nada mais desafiador que a dinâmica homem/mulher. São criaturas de planetas diferentes, com energias opostas, justamente para que ocorra uma dinâmica, uma troca. E essa troca geralmente vem acompanhada de atritos, tensão, faíscas. E é essa tensão que gera crescimento interno. Seu equipamento eletrônico necessita de uma corrente elétrica em determinada tensão, ou seja, uma determinada "Força" em que os elétrons estejam se movimentando (110 ou 220V). Se essa tensão for muito alta, irá queimar seu aparelho. Se for muito baixa, não haverá energia pra funcionar. Na relação macho/fêmea essa tensão ocorre naturalmente por conta de todas essas diferenças, mas nada impede que ela ocorra (até mesmo em intensidade maior) em relacionamentos homossexuais. O fundamental é que haja a polaridade pra que ela ocorra. Carl Jung esboça um comentário sobre o assunto que mostra como isso pode não ocorrer em situações "perfeitas":

Tive uma vez um "casal de aspecto ideal" que veio consultar-me. Alguma coisa andava errada. Quando os olhei, perguntei a mim mesmo o que poderia tê-los trazido até mim. Pareciam perfeitamente ajustados um ao outro em todos os aspectos e, como não tardei em descobrir, eram bafejados com todas as coisas materiais que a vida podia oferecer. Mas, finalmente, apurei que o verdadeiro problema era que eles se ajustavam bem demais um ao outro. Isso impedia a existência de qualquer tensão em suas relações íntimas.Coincidiam tanto em tudo que nada acontecia - uma situação tão embaraçosa quanto o extremo oposto da total incompatibilidade.

Considere isso em termos de vida cotidiana. Existe alguma probabilidade de uma conversa ser interessante quando você sabe de antemão que seu parceiro concordará com tudo o que você disser? Qual a vantagem de discutir uma convicção já aceita e compartilhada por ambos como coisa banal? O incentivo para discutir morre se não existe potencial.
A diferença de opinião pode ser fecunda; as altercações também. São obstáculos no caminho da harmonização, da concordância, e tem que se fazer um esforço para superá-los. Mentalmente, moralmente, fisicamente - de todas estas maneiras a natureza criou uma diferença extrema entre homem e mulher, de modo que ele encontre seu oposto nela e ela nele. Isso gera tensão.
Se homem e mulher fossem a mesma coisa, estaríamos num beco-sem-saída. A terra seria estéril. Onde a terra é plana a água não corre; estagna. Para produzir energia tem que haver opostos: um acima e um abaixo. Tem que haver uma diferença de nível e quanto maior ela for mais veloz e mais impetuosamente a água flui.