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terça-feira, 24 de abril de 2012

São Jorge – Guerreiro




Em 23 de abril se homenageia São Jorge e muitos não sabem nada sobre ele. Quem foi, o que fez, como morreu, etc. Eu, particularmente, tenho uma grande admiração e gratidão, pois sempre que precisei de sua força, aconteceram milagres em minha vida. Não é à toa que Zeca Pagodinho, Fernanda Abreu, Jorge Benjor, Caetano Veloso e tantos outros artistas brasileiros o veneram. 


Filho de pais cristãos, Jorge nasceu na Capadócia, região que hoje pertence à Turquia e logo tornou-se um jovem soldado, em torno do séc. III d.c., do Império Romano. Seguidor das palavras do Mestre Jesus, Jorge foi para a Palestina com sua mãe, depois que seu pai faleceu. Por ser dedicado e responsável, foi logo promovido a capitão do exército do imperador Diocleciano. Com apenas 23 anos, o imperador lhe concedeu o título de conde, elevando-o a tribuno militar e ao conselho militar, passando a residir na corte imperial, em Roma.

O reinado romano fazia sacrifícios aos deuses e Apolo era um deles. E uma das vezes em que o imperador recorreu aos sacerdotes, segundo a interpretação extraída do IV volume do "Flos Sanctorum", eles disseram que havia justos na Terra e que se chamavam cristãos.
A partir de então, iniciou-se uma perseguição implacável contra os seguidores do Mestre Jesus. Diocleciano reuniu todos os senadores e governadores e determinou sua extinção. Misturavam-se assim aos ladrões e matadores da época, nas prisões romanas, todos aqueles que seguiam Cristo.
Jorge, rico por herança familiar, distribuiu tudo aos pobres e numa das reuniões do conselho do senado, lançou seu desagravo contra a ira dos romanos pelos cristãos.
Perplexos, perguntaram-lhe quem lhe dera tamanha ousadia para falar dessa forma na Assembléia. Respondeu, então, Jorge: "A verdade".
O imperador ainda não havia desistido e numa última tentativa de reverter a situação, ofereceu-lhe todas as honras que um romano poderia alcançar, desde que negasse Jesus e a Deus. Jorge rejeitou as honrarias e com isso foi mandado para o cárcere debaixo de estocadas de pontas de lança. Puseram-lhe grilhões nos pés e sobre o seu peito, uma grande pedra.
No dia seguinte, submeteram-lhe a uma roda grande e cheia de navalhas para que fosse despedaçado. Por baixo dela (a roda estava pendurada), havia tábuas nas quais estavam pregadas muitas pontas agudas como canivetes de sapateiro. Puseram-no entre as tábuas e a roda, atado com loros (correia dupla que se amarra o estribo à sela).
Jorge mantinha-se firme e cantava orações para agüentar. Foi quando diante do Imperador Diocleciano surgiu uma imensa luz branca, seguida de um trovão e uma voz soou que muitos ouviram, a qual disse: "Não temas, Jorge, porque estou contigo". “Daí a pouco surgiu um homem vestido de branco, em cima da roda, muito resplandecente no rosto, e deu a mão ao Santo Mártir, e abraçando-o mandou desatá-lo; e logo desapareceu aquele varão de tanta claridade e ficou Jorge solto, livre e são, dando graças a Deus”. Conta-nos os escritos de "Flos Sanctorum".
O imperador não descansou. Mandou Jorge para uma fornalha de cal virgem, três dias, ordenando que o vigiassem para que não viesse de nenhuma parte ajuda alguma. Mais uma vez Jorge saíra ileso da tortura. Mas o imperador não desistia. Mandou calçar-lhes chinelos de ferro ardente, confeccionados com pregos voltados para cima e, ser levado ao cárcere com açoites e zombarias. Disse Diocleciano: "Agora veremos Jorge, se diante dos nossos olhos fazes milagres!” Mas continuava a tortura a não lhe fazer efeito.
O imperador mandou chamar Athanasio, o mágico da localidade. Era um feiticeiro a quem Diocleciano ordenou que destruísse Jorge. O mágico preparou bebidas com poderosos venenos para quebrar-lhes a fé e o poder que pensava vir de feitiçaria. Nada adiantou.
Como última tentativa de desacreditar os seus poderes, ordenou que ressuscitasse um morto, que ali próximo estava enterrado. Após este feito, não havia como estancar a peregrinação do povo em sua direção. E quanto mais aumentavam seus seguidores, mais o imperador o odiava. Sua maior seguidora foi sua própria esposa, a imperatriz Alexandra.
E assim o tirano, cheio de ira, o mandou degolar fora da cidade, em Nicomédia, o que ocorreu no dia 23 de Abril de 303.
Seu corpo foi sepultado em Lídia (Antiga Dióspolis), e o imperador Cristão Constantino mandou erguer um oratório aberto aos fiéis para que o Culto ao Santo fosse espalhado. Sua fama percorreu o Egito, a Armênia, a Grécia, a Itália (era padroeiro de Gênova), a Alemanha, a França, as Gálias, a Inglaterra (é padroeiro de lá).

Na Primeira Guerra Mundial eram oferecidas medalhas com sua imagem aos enfermeiros militares e às irmãs de caridade pelos serviços prestados aos feridos. Os pintores Raphael, (1483-1520) Carpaccio (1450-1525) e Donatello (1386-1466), honraram-lhe a história.
Em 9 de maio de 1969, com a reforma do calendário litúrgico, realizada pelo papa Paulo VI, o dia de São Jorge tornou-se opcional, retirando do calendário as comemorações dos santos dos quais não havia documentação histórica. Mas o fato da celebração do Dia de São Jorge tornar-se opcional não significa o não reconhecimento do santo.

No Brasil, São Jorge é muito cultuado. Considerado o protetor da polícia e de todas as instituições que usam fardas, e dos excluídos e marginalizados da sociedade.
Eu sempre o chamo quando me vejo diante de um perigo e já fui salva em situações quase impossíveis de se reverterem, como no dia em que ao andar por uma rua deserta, vieram 4 homens em atitude suspeita em minha direção. Quando estavam há cerca de 1 metro de mim, clamei por São Jorge, no pensamento, e imediatamente eles mudaram de rumo, indo procurar outra vítima já com as suas pistolas à mostra.
Essa e tantas outras situações que hoje agradeço foram salvas com a sua proteção. Sou muito grata a ele e sempre peço que me defenda das demandas, injúrias, magias, que estamos constantemente sendo alvo.
A oração da minha preferência é: “Com esta chave abençoada eu peço a Deus pela intercessão de São Jorge, que me conceda a graça de abrir: meu coração para o bem; meus caminhos para os bons negócios; as portas da prosperidade, da caridade e da paz para eu viver sempre feliz. Com esta chave, em nome de Deus, eu fecho: o meu corpo contra as maldades deste mundo; contra as perseguições e espíritos malignos. Que meu anjo da guarda sempre me ilumine e me guarde. Com o poder da fé, misericórdia de Deus e a ajuda de São Jorge, Amém”.
Salve São Jorge! Ogum-Iê!

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